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CPI do INSS deve ouvir Carlos Lupi nesta segunda


O ex-ministro Carlos Lupi em audiência na Câmara Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados A CPI mista do INSS deve ouvir nesta segunda-feira (8) o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi. O depoimento deve mirar a gestão de Lupi na pasta e a atuação dele para apurar e combater desvios em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ex-ministro comandou a Previdência entre 2023 e 2025. Ele pediu demissão em maio, uma semana depois de a Polícia Federal deflagrar operação sobre fraudes em aposentadorias. Lupi sempre negou envolvimento nas irregularidades e tem repetido a aliados que não é citado nas investigações. Investigado pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema que levou à demissão de Carlos Lupi pode ter desviado R$ 6,3 bilhões. A fraude envolvia descontos mensais não autorizados em benefícios previdenciários. Entidades ligadas ao setor teriam forjado cadastros para validar as cobranças indevidas, sem ter capacidade para prestar serviços. Advogado de Lupi, Walber Agra afirmou ao g1 que o ex-ministro vai à CPI e "responderá a tudo". O depoimento de Carlos Lupi marca uma nova fase da comissão de inquérito, que deve passar a colher depoimentos de autoridades do alto escalão ligadas à Previdência. Nas últimas semanas, a CPI se dedicou a ouvir técnicos e envolvidos na apuração da fraude bilionária. A oposição no Congresso é o grupo mais "empolgado" com a oitiva de Lupi. O bloco tenta atrelar as fraudes no INSS à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — tese rebatida pelo governo, que afirma que os desvios começaram anos antes. O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirma que o depoimento de Carlos Lupi é "imprescindível". Segundo ele, o ex-ministro detém informações para ajudar a esclarecer as denúncias de desvios no INSS. Gestão Lupi Exclusivo: o ministro da Previdência foi alertado sobre denúncias de fraudes a aposentados Carlos Lupi pediu demissão em 2 de maio, nove dias depois de a Polícia Federal anunciar operação para combater fraudes e desvios em aposentadorias e pensões. No período entre a operação e a saída da pasta, Lupi sofreu fritura no governo. Um dos seus apadrinhados, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do comando da instituição por causa da operação da PF. Antes da revelação da fraude, a gestão de Lupi já enfrentava críticas dentro do governo Lula, em especial pelo fracasso da promessa de encerrar as filas das perícias do INSS. A saída foi definida, no entanto, em meio à discussão — dentro e fora do governo — de que Lupi teria se omitido ao receber denúncias sobre desvios na Previdência. O Jornal Nacional revelou que informes sobre o aumento no volume de descontos não autorizados em aposentadorias foram levados ao Conselho Nacional de Previdência Social, presidido por Lupi. Segundo atas obtidas pela reportagem, o tema foi ignorado por todo o ano de 2023. Ao anunciar a sua demissão, Carlos Lupi afirmou que "todas as apurações foram apoiadas". "Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula", escreveu.

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https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/08/cpi-do-inss-deve-ouvir-carlos-lupi-nesta-segunda.ghtml

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